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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MEDICINA / SAÚDE

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21:47
11/03/2010

MINISTRO DEBATERÁ REPASSE DE VERBAS PARA SAÚDE DO ÍNDIO NA AMAZÔNIA


A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional vai convidar para audiência pública o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Francisco Danilo Forte, para prestar esclarecimentos sobre o repasse de verbas públicas para ONGs.

O deputado Marcelo Serafim (PSB-AM), que propôs a reunião, lembrou que o Portal da Transparência divulgou dados de 2009 sobre a saúde indígena, que mostram que três organizações não governamentais (ONGs) de Manaus (Amazonas) receberam R$ 17 milhões.

Para o deputado, os números são expressivos mas não representam o cuidado com a saúde do índio. “Vemos o dinheiro para a saúde indígena indo para ONGs e não para a Funasa. Precisamos ter um controle dos gastos com os recursos da União enviados para entidades do terceiro setor”.

A audiência aprovada nesta quarta-feira (10) ainda não tem data definida.

Da Redação/ RCA
Colaboração - Laís Braz


Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145777-MINISTRO-DEBATERA-REPASSE-DE-VERBAS-PARA-SAUDE-DO-INDIO-NA-AMAZONIA.html



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21:54
11/03/2010

GRUPO DE TRABALHO SOBRE AMIANTO APRESENTA PARECER NA PRÓXIMA QUARTA


O grupo de trabalho sobre amianto deve apresentar seu relatório final na próxima quarta-feira (17). A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou a prorrogação das atividades do grupo para permitir a conclusão do parecer do deputado Edson Duarte (PV-BA). O grupo é destinado a discutir os efeitos do amianto sobre a saúde e o meio ambiente e apresentar propostas para aperfeiçoar a fiscalização e o controle do produto.

A coordenadora do grupo e autora do requerimento, deputada Rebecca Garcia (PP-AM), destaca que o amianto é considerado um dos produtos mais perigosos do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a exposição ao amianto aumenta os riscos de doenças como o câncer. "A substância já foi proibida em 30 países, não importa se a exposição foi em menor ou maior grau, o risco de câncer é o mesmo", disse.

Similares sem amianto
Segundo a parlamentar empresas nacionais modificaram a planta industrial e comercializam produtos similares sem amianto, porém essas empresas são exceção. "A produção e o comércio ainda são liberados no Brasil e geram renda para diversos setores da sociedade", assinalou.

Rebecca Garcia ressalta que os principais objetivos do grupo são:
- avaliar como as indústrias podem substituir o amianto por outra substância não cancerígena,
- quais os efeitos dessa ação para a economia do País e
- quais os efeitos da produção para o meio ambiente.

Durante os dois anos de realização das atividades, o grupo ouviu especialistas e representantes do setor produtivo, fez visitas a mineradoras e a indústrias falidas e abandonadas, conversou com trabalhadores e vítimas da substância, além de realizar debates e seminários sobre o assunto. "Precisamos de mais tempo para apresentar o relatório aos membros da comissão, estamos contribuindo para que o governo encontre alternativas para a situação", disse a deputada.

Da Redação/ RCA
Colaboração - Laís Braz


Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145773-GRUPO-DE-TRABALHO-SOBRE-AMIANTO-APRESENTA-PARECER-NA-PROXIMA-QUARTA.html



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21:41
11/03/2010

PROJETO CRIA PROGRAMA DE COMBATE AO CÂNCER INFANTIL



A Câmara analisa o Projeto de Lei 6806/10, do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que cria o programa nacional de combate à retinoblastoma (câncer de retina) e aos tumores embrionários.

O texto estabelece que a União, por meio dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, colocará à disposição da população, em toda a rede pública de saúde, a realização de exames para identificar a retinoblastoma e de ultrassom para identificar tumores embrionários.

Os exames deverão ser realizados em crianças de quatro a quinze meses. Identificada a ocorrência de tumores, as crianças serão encaminhadas para tratamento na rede pública de saúde.

Pela proposta, a União realizará, anualmente, pelo período de 15 dias, propaganda institucional para alertar a população sobre a importância desses exames e para divulgar a faixa etária na qual eles devem ser realizados.

Convênios
O Poder Executivo deverá regulamentar a lei no prazo de 180 dias, ficando a União autorizada a firmar convênios com estados, municípios e entidades sociais de interesse público para sua execução.

O deputado lembra que há publicações que demonstram que a ocorrência dessas doenças é maior nos primeiros dois anos de vida, e os diagnósticos têm ocorrido tardiamente, quando já apareceram os primeiros sintomas.

O recomendável, segundo ele, é identificar tumores com até 2 milímetros, evitando a necessidade de tratamentos agressivos, como quimioterapia ou radioterapia.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
■PL-6806/2010

Reportagem - Rodrigo Bittar
Edição - Newton Araújo


Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145764-PROJETO-CRIA-PROGRAMA-DE-COMBATE-AO-CANCER-INFANTIL.html



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23:00
10/03/2010

CCJ APROVA PROJETO QUE PROÍBE FUMÓDROMOS EM TODO O PAÍS



Proposta que acaba com o fumo em ambientes fechados tem o apoio do Ministério da Saúde. No Brasil, 2.655 pessoas morrem por ano devido ao tabagismo passivo

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, na manhã desta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 315/08, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC). A proposta, que tem o apoio do Ministério da Saúde, proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público.

“Estou muito satisfeito com a aprovação da CCJ do Senado. Do ponto de vista da política tabagista, em que o Brasil é liderança mundial, essa é uma questão primordial. Doze estados já aprovaram leis estaduais, vários municípios também, mas nós temos que ter uma lei federal que dê respaldo a essas iniciativas”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele acrescenta que o banimento do fumo passivo é uma grande conquista de saúde pública. “Há profissionais, como os garçons, que não fumam e trabalham em ambientes expostos à fumaça. O Inca já fez um estudo mostrando que o impacto do fumo passivo é muito sério”, ressalta.

Atualmente, a lei federal 9.294/96 proíbe o fumo em recintos coletivos, mas permite fumar em áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que o local seja devidamente isolado e com arejamento conveniente – os chamados fumódromos. O PLS 315/08 acaba com essas áreas.

FUMANTES PASSIVOS - A lei que está em vigor é considerada defasada em relação às práticas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda ambientes 100% livres do fumo como a única forma de proteger os fumantes dos riscos do tabagismo passivo. Apesar de a lei estabelecer locais exclusivos para os fumantes, na prática, a maioria dos bares, restaurantes e casas noturnas mantém seus funcionários trabalhando nesses locais. A mudança na lei vai proteger esses trabalhadores e outros fumantes passivos, que correm sérios riscos de desenvolverem câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.

Estudo realizado, em 2008, pelo Instituto Nacional do Câncer e o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, apontou que, pelo menos, 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%). Os níveis de fumaça ambientais de tabaco em restaurante chegam a ser duas vezes maiores em restaurantes do que em outros locais de trabalho, como escritórios. Os níveis em bares chegam a ser quase seis vezes maior do que nos escritórios.

As pessoas que não fumam, mas que são submetidas ao tabagismo passivo têm 30% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão e 24% de chance a mais de infarto do coração e doenças cardiovasculares. Pneumonia, sinusite e asma também estão entre as doenças que os fumantes passivos podem ter que enfrentar.

A fumaça que sai da ponta do cigarro contém, em média, o triplo de nicotina e monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A política tabagista do Ministério da Saúde apresenta resultados positivos. Estudo divulgado em 2009, o Vigitel, mostrou que o consumo de cigarros entre os jovens brasileiros caiu mais de 50% nos últimos 20 anos. Em 2008, 14,8% dos jovens entre 18 e 24 anos tinham o hábito de fumar, contra 29% em 1989. O índice nacional é de 16,1%. Um dos fatores mais importantes no controle do tabagismo é evitar o início do vício entre adolescentes e jovens. A existência de leis antitabagistas e ações educativas contribuem para que os jovens fumem menos.

TRAMITAÇÃO - Com a aprovação na CCJ do Senado, o projeto segue para avaliação da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). De lá, caso não haja manifestação por parte dos senadores para avaliar em plenário, a matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Se receber modificações nessa Casa, volta para análise do Senado.

TABAGISMO NO BRASIL
16,1% dos brasileiros fumam
Queda de 43,4% no consumo de cigarros no Brasil em 20 anos

Entre os jovens, esse índice foi de 50%
10% dos jovens são ex-fumantes
53,9% das pessoas com 65 anos ou mais deixaram de fumar
200 mil pessoas por ano morrem no Brasil por causa do tabagismo

Fumantes passivos têm 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão
24% mais chance de ter infarto e doenças cardiovasculares

Filhos de gestantes que fumam têm o dobro de chance de nascer com baixo peso
70% mais chances de sofrer aborto espontâneo
Possibilidade de morrer ao nascer é 30% maior


Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11155


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22:55
10/03/2010

EMPRESAS APOIAM CAMPANHA E VÃO DIVULGAR VACINAÇÃO CONTRA GRIPE A (H1N1)



Cerca de 120 representantes de 87 empresas públicas e privadas estiveram reunidos em Brasília para conhecerem a estratégia de enfrentamento à gripe pandêmica


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, convocou nesta terça-feira (9) empresários dos setores privado e público para ajudarem a divulgar a estratégia nacional de vacinação contra a Gripe A (H1N1). O encontro em Brasília reuniu 120 representantes de 87 empresas públicas e privadas de áreas diversas - alimentos (Sadia, MC Donalds, Carrefour, Coca-Cola, Danone), telefonia (Oi, Claro, TIM, Vivo), instituições financeiras (Caixa Econômica, Banco do Brasil, Bradesco), entre outros.

Além de disseminar informações, distribuindo materiais de esclarecimento sobre a gripe aos seus funcionários, os parceiros da Saúde podem auxiliar na organização da própria vacinação. Uma das sugestões feitas pelo ministro Temporão às empresas e instituições foi que articulassem, com a ajuda das secretarias de saúde, a visita escalonada de seus funcionários que pertencem aos públicos-alvo aos postos de saúde. Com isso, as organizações garantem a imunização de seus trabalhadores e, ao mesmo tempo, evitam o aumento das faltas no trabalho.

“Agradeço profundamente os representantes das empresas aqui reunidas e tenho a certeza que vocês vão fazer diferença nesse processo de divulgação da estratégia de vacinação contra a gripe pandêmica”, ressaltou o ministro. Temporão lembrou que a campanha será um desafio, porque será preciso vacinar 91 milhões de pessoas em três meses. “Vamos proteger grupos diversificados. Toda a família brasileira terá uma pessoa vacinada”, disse o ministro.

Cada representante empresarial recebeu um kit com folder informativo destacando a importância da participação das empresas, CD com as peças da campanha e adesivos. O secretário de comunicação do Ministério da Saúde, Marcier Trombiere, apresentou aos empresários o material de divulgação da campanha para uso livre das organizações. Mostrou exemplos bem sucedidos de parcerias entre governo e setor empresarial na divulgação de outras ações de saúde, tais como a do combate à dengue.
“Essas parcerias são constantes desde 2007. A divulgação com o setor empresarial é uma forma de convocar as pessoas e organizar as demandas de vacinação para os postos de saúde. Queremos que esse calendário de vacinação esteja em todos os lugares”, declarou Trombiere.

Os empresários também conheceram a estratégia de enfrentamento da segunda onda da gripe A, com datas de vacinação e grupos prioritários. A campanha foi apresentada pelo secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, que lembrou a parceria entre o Ministério da Saúde e as empresas na vacinação contra a rubéola, que imunizou 67,2 milhões de pessoas - a maior mobilização já realizada no mundo até então. A gripe A poderá bater esse recorde, com público-alvo de 91 milhões de pessoas.

“O brasileiro é muito criativo. Em outras campanhas, em determinado estado, a secretaria municipal de saúde treinou as equipes de saúde dos ambulatórios das empresas”, exemplificou Penna. “Só a capilizarização que uma organização pode fazer de uma simples frase estimulando no contra-cheque ou no site da empresa alerta o funcionário e o seu trabalhador”, reforçou o secretário.

PESQUISA - O ministro Temporão divulgou ainda pesquisa realizada com 1,3 mil pessoas de 352 cidades brasileiras. Ao todo, 71% responderam acreditar na eficácia da vacina contra a gripe A (H1N1); 83% afirmaram não ter medo da vacina e 84% disseram que gostariam de ser imunizado. A pesquisa indagou ainda sobre a qualidade das informações divulgadas na campanha. De uma nota de 0 a 10, a média de avaliação ficou em 8,56.

O estudo também constatou que 64% dos entrevistados sabem que haverá uma grande campanha de vacinação contra a gripe pandêmica. Temporão alertou para a necessidade de mais pessoas estarem cientes da vacinação. Para isso, conta com a divulgação maciça para a sociedade brasileira.

Temporão destacou ainda a capacidade e a tecnologia brasileira desenvolvidas nos últimos 35 anos para vacinação contra doenças. “Desenvolvemos uma tecnologia que não é expressa em prédios ou em equipamentos”, afirmou. A partir dos anos 1970, disse o ministro, praticamente todos os países da América Latina fecharam suas fábricas de produção de imunobiológicos. “O Brasil fez exatamente o contrário.

Criamos um programa de auto-suficiência, fortalecemos o Instituto Butantã, o Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, e hoje somos auto-suficientes da maior parte de vacinas para proteção dos brasileiros”, lembrou.

DEPOIMENTOS
“Parabenizo o governo brasileiro por essa decisão e temos certeza que vocês, empresários, farão diferença nessa campanha”
Diego Vitoria, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil

“Vamos fazer a divulgação afixando cartazes nos restaurantes. O Ministério já nos passou o contato das secretarias municipais de saúde para que cada restaurante possa obter o endereço do posto de vacinação mais próximo”
Pedro Palatnik, diretor de Relações Institucionais do MC Donald’s, que possui cerca de 600 lojas no Brasil

“A iniciativa é sensacional e pioneira. Tenho certeza que num curto espaço de tempo, essa iniciativa tornará uma referencia mundial. A parceria é aberta e positiva ao sensibilizar que esse tema é de responsabilidades de o todo mundo”
Juliana Mendes Nunes, diretora de assuntos corporativos da Unilever.

Outras informações
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Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11144


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25/02/2010


PRODUÇÃO DE SORO CONTRA PICADAS DE ARANHA-MARROM


Pesquisadores do Butantan, coordenados pela Biologa Denise Vilarinho Tambourgi, diretora técnica do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan, desenvolvem processo para facilitar produção de soro contra picadas de aranha-marrom, responsáveis por mais de 5 mil acidentes no país em 2009.

Por Alex Sander Alcântara - Fonte Agencia FAPESB


Agência FAPESP – A aranha-marrom (gênero Loxosceles) é pequena (cerca de 1 centímetro de comprimento) e pouco agressiva. Suas picadas ocorrem geralmente como forma de defesa, quando entram inadvertidamente em roupas ou calçados, por exemplo. Apesar disso, está longe de ser inofensiva.

No ato da picada, na maioria das vezes não há dor. Mas depois de cerca de 12 horas ocorre um inchaço na região afetada e febre. Com o avanço, e sem tratamento, o veneno pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e até mesmo morte.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, em 2009 foram registrados 85.718 casos de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, dos quais 17.474 com aranhas. Dos acidentes com aranhas, os casos envolvendo espécies de aranha-marrom responderam por um terço (5.728) do total.

O Butantan produz um soro para picadas de aranha-marrom, mas há considerável dificuldade para se obter o veneno usado na produção. “Como as aranhas são pequenas, o que se consegue de veneno é pouco. São necessárias centenas de exemplares para se produzir o soro”, disse Denise Vilarinho Tambourgi, diretora técnica do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan, à Agência FAPESP.

Pesquisadores do instituto acabam de dar um importante passo para tentar diminuir o problema, ao isolar o gene responsável pela fabricação da toxina esfingomielinase D, principal componente tóxico do veneno da aranha-marrom.

Estudos conduzidos desde 1997 no Butantan haviam conseguido avançar na decifração dos principais componentes do veneno e como ele atua no organismo infectado. Agora, a equipe do Laboratório de Imunoquímica conseguiu inserir um gene da aranha em Escherichia coli, desenvolvendo um processo para a produção, em larga escala, da esfingomielinase D, por meio da bactéria – e não da própria aranha. A novidade poderá facilitar a produção do soro antiloxoscélico, empregado contra o veneno de aranha-marrom.

“Vários resultados mostram que o veneno da aranha-marrom tem um componente central, a esfingomileinase D, responsável pelos principais sintomas clínicos. Com base nisso, conseguimos isolar e introduzir o gene que codifica para essa toxina em bactéria. Para outros venenos, tal processo talvez não seja aplicável, uma vez que os venenos animais são, em geral, misturas complexas contendo várias toxinas, responsáveis pelos sintomas clínicos apresentados nos diferentes envenenamentos”, disse Denise, que atualmente também desenvolve o projeto “Erucismo decorrente do contato com lagartas de Premolis semirufa (Lepidotera, Arctiidae)”, que tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

Os soros utilizados atualmente neutralizam as toxinas em circulação no organismo humano, mas não são muito eficazes para tratar lesões na pele – o veneno da aranha-marrom causa, na maioria dos casos, lesão local. “Essa lesão é de difícil resolução e pode levar meses para cicatrizar. Em alguns casos, os pacientes chegam a precisar de implantes”, apontou.

Como a picada da aranha-marrom é indolor e a reação local não se manifesta imediatamente, as vítimas só procuram ajuda quando a lesão na pele está instalada. “A necrose dos tecidos não é mais uma consequência do veneno, mas de uma cascata de reações do próprio organismo, acionadas pelas esfingomielinases D”, explicou Denise.

Fora a lesão local, há também a possibilidade de o paciente desenvolver um quadro sistêmico, que acomete um número menor de pacientes, mas que quando ocorre pode ser extremamente grave, levando inclusive à morte.

“O indivíduo pode ter hemólise intravascular e, em casos muito graves, isso pode causar danos renais e, em última instância, o óbito. Mas os quadros variam de acordo com a espécie e idade de aranha, local da picada ou se foi macho ou fêmea. Há ainda as características da vítima, como características genéticas e nutricionais ou idade. Tudo isso influencia”, disse.

As três espécies de aranhas-marrons (L. gaucho, L. intermedia, L. laeta) estão bem adaptadas ao cenário intradomiciliar. A L. gaucho é mais comum em São Paulo, enquanto as outras duas ocorrem mais no Sul do país, no Paraná e em Santa Catarina, respectivamente. O soro produzido utilizando as esfingomielinases D obtidas por meio da E. coli é eficaz contra o veneno das três espécies.

Testes em humanos

Após isolar o gene responsável pela produção da toxina esfingomielinase D, os pesquisadores do Butantan inseriram anéis de DNA (plasmídeos) com o gene da aranha em bactérias Escherichia coli, que começaram a produzir a toxina.

A esfingomielinase D foi inicialmente administrada em camundongos e coelhos, para a produção de anticorpos que serviriam como matéria-prima do soro. Em seguida, os testes foram feitos em cavalos.

“Isolamos os anticorpos produzidos pelo animal para a produção do soro. Em seguida, comparamos esse soro experimental com o que se utiliza na terapêutica humana e vimos que tal soro era capaz de neutralizar o veneno total”, disse Denise.

No novo processo as bactérias substituem as aranhas para a obtenção das toxinas. Os pesquisadores clonaram, na E. coli, os genes responsáveis pela toxina de duas das espécies de aranha-marrom: a L. intermedia, comum no Paraná, onde ocorre a maior parte dos acidentes no país, e a L. laeta, mais venenosa e presente em vários países latino-americanos.

A próxima etapa da pesquisa é o teste do soro em humanos. Para isso, será necessário produzir três lotes consecutivos de soro antiloxoscélico. “Para a última fase, o ensaio clínico, precisaremos da autorização da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Nossa expectativa é que até o fim do ano esses três lotes de soro estejam prontos”, disse.

Um dos estudos relacionados à aranha-marrom e realizado no âmbito do projeto coordenado por Denise é o de Daniel Manzoni de Almeida, intitulado “Análise do potencial neutralizante de um novo soro antiloxoscélico produzido contra esfingomielinases recombinantes dos venenos de aranhas Loxosceles e que teve apoio da FAPESP na modalidade Bolsa de Mestrado


Fonte: http://www.cfbio.gov.br/noticias.php?id=99




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19:37
23/02/2010

INVESTIMENTO EM TRANSPLANTES CRESCE 343% EM OITO ANOS



Ministério da Saúde e ABTO anunciam recorde de doações e aumento de 5% no total de cirurgias realizadas entre 2008 e 2009

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (23) revelam que o total de investimentos no setor de transplantes no Brasil teve salto de 343% entre 2002 e 2009. No ano passado, foram investidos R$ 990,51 milhões, em comparação aos R$ 285,94 milhões aplicados em 2002. Em parceria com a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), também foram divulgados o recorde no número de doações e o aumento de 5% no números de transplantes de órgãos no último ano.

Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, Rosana Nothen, o aumento se deve ao processo contínuo de organização do sistema, que permite, por exemplo, que estados mais estruturados sejam compensados ao realizar transplantes de pessoas vindas de outras regiões. “Este aumento deve ser amplamente comemorado. Podemos atribuir este crescimento, entre outros fatores, à forma de financiamento. Os recursos não possuem limite, a sua liberação depende exclusivamente da demanda de produção dos estados”, explicou. Esta modalidade de transferência de recursos garante maior agilidade às ações, já que o pagamento é feito diretamente ao prestador de serviço.

DOADORES - O Brasil registrou em 2009 número recorde de doadores de órgãos. Em número absolutos, foram 1.658 , ou 8,7 doadores por milhão da população (ppm). Isso representa um crescimento de 26% em relação ao ano anterior (7,2 ppm), quando foram apurados 1.317 doadores. Santa Catarina foi o Estado que registrou maior índice de doadores: 19,8 ppm. Seguido por São Paulo (16,9 ppm), Distrito Federal (11,9 ppm) e Rio Grande do Sul (11,3 ppm).

“O crescimento dos doadores está diretamente relacionado à melhoria dos processos de gestão e à qualificação dos trabalhos das Centraisde Transplantes e das Coordenações Hospitalares de Transplantes, que estão adequando os seus trabalhos às diferentes realidades regionais. A logística que permite a doação de órgãos está etnre os processos assistenciais mais complexos de uma instituição”, avaliou Rosana Nothen.

A coordenadora também atribui este desempenho aos cursos de capacitação oferecidos aos profissionais, sobretudo aos de terapia intensiva, e ao sucesso das campanhas publicitárias desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.

TRANSPLANTES - O número de transplantes realizados no país, incluindo córneas e medula, teve crescimento de 5%. A produção em 2008 foi de 19.307 e, em 2009, a quantidade de transplantados chegou a 20.253.

O carro-chefe deste crescimento foram os transplantes de rim por doadores falecidos. A quantidade passou de 2.018 em 2008, para 2.532 em 2009, o que representa um aumento de 25,47%. Os transplantes de fígado de pessoas falecidas também apresentaram destaque neste último balanço. A quantidade de pacientes transplantados a partir de fígado de doador falecido cresceu 15,7%. Em 2008, foram realizados 1.048 transplantes desta natureza, já em 2009 a quantidade foi de 1.201.

MEDULA – O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de doadores de medula tornando-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo. O país fica atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). De 12 mil doadores em 2000, 40 mil, em 2003, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) evoluiu para mais de 1,3 milhão de doadores inscritos. Dos transplantes de medula realizados em 2000, apenas 10% dos doadores foram brasileiros localizados no Redome. Em 2009, esse percentual passou para 70%.

O crescimento de transplantes de medula entre 2008 e 2009 foi de 4,93%. Em 2008, foram realizados 1.459 transplantes deste gênero. O número em 2009 atingiu 1.531.

Os transplantes de córnea (tecidos) apresentaram leve queda de 1,76% neste último balanço. Em 2008, foram realizados 12.951 contra 12.723 em 2009.


TABELA 1
Gastos com transplantes no Brasil

ANO VALOR
2002 R$ 285,94 mi
2003 R$ 327,85 mi
2004 R$ 409,4 mi
2005 R$ 526,5 mi
2006 R$ 602,9 mi
2007 R$ 713,1 mi
2008 R$ 824,2 mi
2009 R$ 990,51 mi





LISTA DE ESPERA APRESENTA PEQUENA QUEDA

A ista de espera por transplante teve redução de aproximadamente 1% entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009. Em 2008, a lista apresentava 64.275 pessoas aguardando por doações, incluindo córneas. Em 2009, este número caiu para 63.866. O aperfeiçoamento dos processos de gestão das centrais estaduais tem participação nesta redução, à medida que as listas têm sido atualizadas e pacientes recadastrados.





Outras informações
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Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11108

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18:02

18/02/2010
EPILEPSIA MAIS COMUM ENTRE IDOSOS


Aumento da expectativa de vida no Brasil deve elevar a frequência da doença nos indivíduos mais velhos

Edição Online -

Em razão do contínuo envelhecimento da população e da perspectiva de ampliação da expectativa de vida dos atuais 72,7 anos para mais de 80 em 2030, “vamos ter cada vez mais epilepsia entre idosos”, afirmou Carlos Guerreiro, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especializado em epilepsia entre idosos, Guerreiro foi um dos conferencistas da 4ª. Escola Latino-Americana de Verão em Epilepsia (Lasse, na sigla em inglês), que começou dia 1º. de fevereiro em Guarulhos, na Grande São Paulo

Entre idosos, ele alertou, a epilepsia é mais difícil de ser diagnosticada que em adultos ou crianças, por coexistir com doenças cardiovasculares e outras mais comuns com o envelhecimento. E o eletroencefalograma, usado para confirmar o diagnóstico de pessoas mais jovens, nem sempre ajuda. Segundo ele, as crises epilépticas são mais raras que nas outras faixas de idade e os medicamentos usados para conter as crises podem reduzir a eficácia de anti-hipertensivos.

“O erro de diagnóstico é muito comum”, observou Guerreiro. A epilepsia pode passar despercebida porque se manifesta de modos diferentes em bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, por meio de crises caracterizadas por contrações musculares intensas ou sutis, que tomam todo o corpo ou apenas parte do corpo. Às vezes, em bebês, o único sinal de uma crise epiléptica são movimentos irregulares dos olhos.

Outra pesquisadora dessa área, Marly Albuquerque, professora da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), descreveu os resultados de um grupo de nove adultos portadores de epilepsia resistentes à medicação habitual que receberam doses regulares de ômega-3. Segundo ela, as crises epilépticas se tornaram mais esparsas e todos os participantes do estudo relataram ganhos na qualidade de vida, com mais interação social.

Sob a coordenação geral de Esper Cavalheiro, professor de neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o encontro segue até o dia 10, com apresentações e debates sobre técnicas de diagnóstico, novas possibilidades terapêuticas, que incluem a prática de exercícios físicos e o consumo de compostos ricos em ômega-3, e os desequilíbrios das células nervosas que originam a epilepsia.

Leia mais sobre o Lasse e conheça a programação das palestras.


Fonte: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=6185&bd=2&pg=1&lg=




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09:31

11/02/2010
OFERTA DE ALCOOL EM GEL EM LOCAL PÚBLICO PODERÁ SER OBRITATÓRIA



A Câmara analisa o Projeto de Lei 6638/09, do deputado Pastor Pedro Ribeiro (PR-CE), que torna obrigatória a oferta de álcool em gel em locais de uso coletivo. As características técnicas do produto e o local de instalação dos recipientes serão definidos pelos órgãos responsáveis.

De acordo com o texto, o descumprimento da norma sujeitará os infratores às penas previstas na Lei 6.437/77, que define as infrações relacionadas à legislação sanitária federal. Essa lei prevê sanções como:
- advertência;
- multa;
- interdição parcial ou total do estabelecimento;
- cancelamento do alvará de funcionamento;
- intervenção no estabelecimento que receba recursos públicos de qualquer esfera;
- imposição de mensagem retificadora;
- proibição de propaganda.

No caso de multa, os valores seguem a seguinte escala:
- infrações leves: de R$ 2 mil a R$ 75 mil;
- infrações graves: de R$ 75 mil a R$ 200 mil;
- infrações gravíssimas: de R$ 200 mil a R$ 1,5 milhão.

Em caso de reincidência, as multas são aplicadas em dobro.

Prevenção
Segundo Pastor Pedro Ribeiro, o recente combate ao surto da gripe A (H1N1) mostrou que a instalação de recipientes de álcool em gel em locais públicos é perfeitamente viável.

Ele afirma que, diante disso, "nada mais lógico que tornar essa medida permanente", com o objetivo de melhorar os hábitos de higiene da população e evitar a transmissão de doenças.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-6638/2009

Reportagem - Maria Neves
Edição - Marcelo Oliveira



Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145201-OFERTA-DE-ALCOOL-EM-GEL-EM-LOCAL-PUBLICO-PODERA-SER-OBRIGATORIA.html




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13:40

10/02/2010
USO DE JALECO FORA DO AMBIENTE HOSPITALAR PODERÁ SER PROIBIDO



A Câmara analisa o Projeto de Lei 6626/09, que proíbe o uso de qualquer equipamento de proteção individual, inclusive jalecos e outras vestimentas especiais, fora do ambiente onde o trabalhador da área de saúde exerça suas atividades. A proibição abrange qualquer tipo de instrumento utilizado no atendimento médico.

De autoria do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a proposta tem como objetivo combater a infecção hospitalar e a contaminação biológica. Segundo o texto, o infrator da norma, sem prejuízo de outras sanções, deverá ser advertido e multado, sendo o empregador responsabilizado solidariamente. O projeto prevê também, para os trabalhadores da saúde, atividades de conscientização e de educação sobre prevenção de riscos biológicos.

Biossegurança
O autor afirma que o projeto foi elaborado a partir de princípios de biossegurança e será extremamente benéfico para proteger a saúde da população.
Segundo Inocêncio Oliveira, muitos estudos indicam que microorganismos são transportados para pessoas que estão fora do ambiente hospitalar, ambulatorial, odontológico ou laboratorial, por meio de roupas, jalecos e outras peças usadas durante o período de trabalho.

A contaminação, segundo esses estudos, cresce de acordo com o tempo e as características do atendimento e é mais intensa em áreas de contato, como bolsos ou mangas.

"Apesar disto, não é incomum ver profissionais ou estudantes da área de saúde circulando em locais públicos usando jalecos, por vezes estetoscópios ou outros equipamentos de trabalho. É necessário que se enfatize a conscientização dos trabalhadores da saúde quanto à gravidade do risco biológico a que expõem a comunidade ao persistirem neste hábito", adverte Inocêncio.

O parlamentar argumenta que as penas de advertência e multa podem ser eficazes para coibir esse comportamento, sendo necessário também responsabilizar o empregador.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-6626/2009
Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Newton Araújo


Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145155-USO-DE-JALECO-FORA-DO-AMBIENTE-HOSPITALAR-PODERA-SER-PROIBIDO.html



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11:10

10/02/2010
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODERÃO TER DIREITO A VACINAÇÃO ESPECIAL



Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6619/09, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que assegura às pessoas com deficiência o acesso às vacinas disponibilizados pelos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries), nas unidades básicas de saúde mais próximas de suas residências.

O direito só será assegurado a essas pessoas se houver indicação médica. A proposta faz referência às deficiências provocadas por fatores genéticos (hereditários ou congênitos) ou paralisia cerebral.

Os Cries, do Ministério da Saúde, são constituídos de infraestrutura e logística adaptados ao atendimento de indivíduos portadores de quadros clínicos especiais, como transplantados, pacientes de Aids ou alérgicos às vacinas tradicionais. São disponibilizadas vacinas contra raiva, gripe, poliomielite, hepatites A e B, varicela (catapora), meningite C, entre outras.

Qualidade de vida
O deputado Eduardo Barbosa lembra que os portadores de deficiência são propensos a contrair doenças contagiosas. "O acesso às vacinas especiais é fundamental para que eles tenham melhor qualidade de vida." Ele destaca que o Brasil ainda possui um número insuficiente de Cries para atender à população - são apenas 39.

"Considerando a extensão continental do País, é possível avaliar as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam", disse Barbosa. Com o projeto, ele espera garantir o direito dessas pessoas às vacinas especializadas.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-6619/2009
Reportagem - Janary Júnior
Edição - Newton Araújo


Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/145154-PESSOAS-COM-DEFICIENCIA-PODERAO-TER-DIREITO-A-VACINACAO-ESPECIAL.html



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15h51
08/02/2010
ENTRE JOVENS EPIDEMIA DE AIDS É MAIS FEMININA E GAY


Na faixa etária de 13 a 19 anos, número de casos é maior entre as mulheres e, dos 20 a 24 anos, divisão por gênero é semelhante. Entre os homens, jovens se infectam mais em relações homossexuais

Os números mais recentes da aids no Brasil mostram que a epidemia, na década de 2000, comporta-se de forma diferente entre os jovens. Na população geral, a maior parte dos casos está entre os homens e, entre eles, a principal forma de transmissão é a heterossexual. Considerando somente a faixa etária dos 13 aos 24 anos, a realidade é outra. Na faixa etária de 13 a 19 anos, a maior parte dos registros da doença está entre as mulheres. Entre os jovens de 20 a 24 anos, os casos se dividem de forma equilibrada entre os dois gêneros. Para os homens dos 13 aos 24 anos, a principal forma de transmissão é a homossexual.

Diversos fatores explicam a maior vulnerabilidade dos jovens para a infecção pelo HIV. Entre as meninas, as relações desiguais de gênero e o não reconhecimento de seus direitos, incluindo a legitimidade do exercício da sexualidade, são algumas dessas razões.

No caso dos jovens gays, falar sobre a sexualidade é ainda mais difícil do que entre os heterossexuais. “Eles sofrem preconceito na escola e, muitas vezes, na família. Isso faz com que baixem a guarda na hora de se prevenir, o que os deixa mais vulneráveis ao HIV”, explica Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Como uma resposta a essa realidade, o Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulhres fará uma campanha publicitária por ocasião do carnaval, com mensagens dirigidas para esse público. Pela primeira vez, a ação terá dois momentos. No primeiro, veiculado uma semana antes dos dias de folia, as peças tratam do uso da camisinha. Na semana seguinte ao carnaval, outros materiais falarão sobre a importância de se fazer o teste anti-HIV quando se viveu alguma situação de risco.

Para incentivar o uso do preservativo entre os jovens de 16 a 24 anos, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou a Campanha de Prevenção e Enfrentamento da Aids no Carnaval 2010, no sábado, dia 6, na Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro. Com o slogan "Camisinha. Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre." e tendo como garoto-propaganda um preservativo com a voz da atriz Luana Piovanni, a idéia é estimular o sexo seguro e diminuir as taxas de infecção, principalmente, entre as meninas e homens gays dessa faixa etária durante a folia que invade o país. No Carnaval 2010, serão distribuídos gratuitamente 55 milhões de preservativos em todo o Brasil.

“A campanha usa mensagem bem didática, para mostrar que o preservativo é uma maneira importante eficaz e segura de impedir a transmissão desta e de outras doenças sexualmente transmissíveis e também evitar uma gravidez indesejada. Principalmente no carnaval, onde lidamos com esta questão: uma mistura de desejo e brincadeira”, ressaltou o Ministro, lembrando que pela primeira vez a campanha também falará sobre a importância de se fazer o teste anti-HIV.

Esta etapa será veiculada a partir de Quarta-feira de Cinzas, e focada no público que não usou camisinha durante os festejos e que poderá recorrer ao teste anti-HIV. “É um teste rápido disponível para quem quiser fazer. Está garantida a confidencialidade e a preservação da individualidade. O principal objetivo é possibilitar que a pessoa saiba se está contaminada e como se deve tratar”, esclareceu Temporão.

Veja como foi o lançamento da campanha

Conheça o hotsite da campanha: www.usesempre.com.br

Desde 2000, essa é a décima vez que os jovens são tema de campanhas de massa desenvolvidas pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Há também ações dirigidas para esse público em atividades específicas, como as paradas gays, carnavais fora de época e outras festas populares com grande participação dessa faixa etária.

Feminização – O aumento de casos de aids entre as mulheres se deu em todas as faixas etárias. Em 1986, a razão era de 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres, e a partir de 2002, a razão de sexo estabilizou-se em 15 casos em homens para cada 10 em mulheres. Na faixa etária de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as mulheres jovens. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 casos em meninas.

Entre 2000 e junho de 2009, foram registrados no Brasil 3.713 casos de aids em meninas de 13 a 19 anos (60% do total), contra 2.448 meninos. Na faixa etária seguinte (20 a 24 anos), há 13.083 (50%) casos entre elas e 13.252 entre eles. No grupo com 25 anos e mais, há uma clara inversão – 174.070 (60%) do total (280.557) de casos são entre os homens.

A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira, lançada pelo Ministério da Saúde em 2009, também ajuda a explicar a vulnerabilidade das jovens à infecção pelo HIV. De acordo com o estudo, 64,8% das entrevistadas entre 15 e 24 anos eram sexualmente ativas (haviam tido relações sexuais nos 12 meses anteriores à pesquisa). Dessas apenas 33,6% usaram preservativos em todas as relações casuais, as que apresentam maior risco de infecção.

Nos homens, 69,7% dos entrevistados eram sexualmente ativos. Entre eles, porém, o uso da camisinha é maior: 57,4% afirmaram ter usado em todas as relações com parceiros ou parceiras casuais.

Gays – Na faixa etária de 13 a 19 anos, entre os meninos há mais casos de aids por transmissão homossexual (39,2%) do que heterossexual (22,2%), no ano de 2007. Essa tendência é diferente do que ocorre quando se observa todos os casos de aids adquiridos por transmissão entre homens – 27,4% homossexual e 45,1% heterossexual.

Nas escolas – O carro-chefe das ações de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis é o programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma iniciativa dos ministérios da Saúde e da Educação. Criado em 2003, o SPE tem como objetivo central desenvolver estratégias para redução das vulnerabilidades de adolescentes e jovens. As ações se dão de forma articulada entre escolas e unidades básicas de saúde. Hoje, 50.214 escolas de todo o país participam do programa.

A iniciativa trabalha a inclusão, na educação de jovens das escolas públicas, dos temas saúde reprodutiva e sexual. O SPE reúne ações que envolvem a participação de adolescentes e jovens (de 13 a 24 anos), professores, diretores de escolas, pais dos alunos, e gestores municipais e estaduais de saúde e educação. É no âmbito deste programa que se disponibiliza preservativos nas escolas.


Mais informações
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 9221-2546/3306 7051/ 7033/ 7010/ 7016/
Site: www.aids.gov.br - E-mail: imprensa@aids.gov.br

Atendimento ao cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315 2425

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11093



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03/02/2010 , às 18:08

MINISTÉRIO DA SAÚDE INVESTE R$ 39,1 MILHÕES EM SERVIÇO PARA PESSOAS COM CEGUEIRA E BAIXA VISÃO


O recurso será para implantar unidades de reabilitação visual, que tratarão pacientes desde o diagnóstico ao fornecimento de recursos ópticos de reabilitação

Os brasileiros com baixa visão ou cegueira vão contar com novo serviço no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde liberou recurso de R$ 1,9 milhão para implementar as primeiras cinco unidades de reabilitação visual do país, que vão atender, em média, 7,5 mil pessoas por ano. Serão 75 unidades no país distribuídas em todos os estados, até 2011, um investimento de R$ 39,1 milhões. Essas unidades terão o papel de acompanhar a pessoa com deficiência visual para que ela desenvolva habilidades que a auxilie em suas atividades diárias. O acompanhamento especializado também vai permitir a adaptação delas aos recursos ópticos fornecidos no SUS, como óculos especiais, sistemas telescópicos, lupas, próteses visuais e bengalas.

Outra novidade no tratamento da pessoa com deficiência visual é a ampliação da oferta de equipamentos para auxiliar na reabilitação visual, que passou de 4 para 10 tipos (veja lista abaixo). Agora, o SUS vai fornecer óculos com lentes filtrantes para controle da iluminação. Esse recurso óptico evita a fotofobia causada pela ausência de pigmentos de melanina, no caso de albinos, por exemplo. Também serão financiados sistemas telescópicos monoculares e binoculares, utilizados para ampliar a imagem para distâncias longas, intermediárias e curtas. Também foram incluídos dois tipos de lupa, uma manual com ou sem iluminação e uma de apoio (para pessoas que têm tremores nas mãos), com ou sem iluminação. Antes, era fornecida um tipo de lupa, a comum.

As primeiras unidades estão localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro (veja lista abaixo). São hospitais, associações, institutos ou clínicas que já fornecem algum tipo de serviço em oftalmologia, mas receberão recursos para oferecer a reabilitação visual. Eles passarão a ser credenciados ao SUS. O investimento vai custear avaliação e acompanhamento oftalmológicos, tratamento terapêutico especializado, acompanhamento com equipe multiprofissional para a reabilitação do paciente e a concessão dos onze recursos ópticos, dos quais sete são novos.

O usuário será acompanhado por oftalmologistas, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais e técnicos em orientação e mobilidade. A atenção especializada e integral a essas pessoas é uma novidade na rede pública de saúde. Com o novo serviço, um deficiente visual que é atendido em ambulatórios de oftalmologia receberá o diagnóstico de baixa visão ou cegueira e poderá ser encaminhado para uma unidade de reabilitação.

“O serviço é um avanço na implantação da Política Nacional de Saúde para Pessoa com Deficiência. Nele será oferecido o atendimento necessário para que a pessoa com baixa visão ou cegueira desenvolva suas potencialidades e enfrente com maior autonomia as dificuldades no seu dia-a-dia”, afirma Érika Pisaneschi, coordenadora da Área Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde.

Uma pessoa que fica cega, por exemplo, pode adquirir habilidades para caminhar na rua e movimentar-se em casa com maior autonomia. Pacientes com baixa visão muitas vezes não sabem utilizar os recursos ópticos com destreza. A adaptação aos equipamentos faz parte do processo de reabilitação que irá, por exemplo, orientá-lo a focar melhor seu campo visual. Há aqueles, ainda, que não aceitam sua nova condição e resistem o uso dos recursos ópticos. O trabalho do psicólogo, neste caso, será crucial para conscientizá-lo da importância do uso dos equipamentos para melhor qualidade de vida.

As outras unidades serão implantadas no país conforme adesão dos estados e municípios, que devem identificar nas cidades as unidades capazes de oferecer o serviço e encaminhar processo de habilitação do serviço ao Ministério da Saúde.

ESTATÍSTICA – De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, a prevalência de cegueira na população é de 0,3% e de baixa visão, 1,7%, A pessoa com baixa visão é aquela que mesmo após tratamentos ou correção óptica apresenta diminuição considerável de sua função visual. A maior parte da população considerada cega tem, na verdade, baixa visão e é, a princípio, capaz de usar sua visão para realizar tarefas. Para cada pessoa cega há em média, 3 ou 4 com baixa visão. Já o paciente com cegueira é aquele que perde totalmente a visão por diversas causas, que vão desde traumas oculares até doenças congênitas.
A prevalência de doenças oculares que levam ao comprometimento da visão cresce com o avanço da idade. As taxas maiores de cegueira e baixa visão são observadas com o aumento da vida média da população. Na população com mais de cinqüenta anos de idade as principais causas de cegueira são: catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular (perda da visão no centro do campo visual, a mácula) relacionada a idade.

POLÍTICA NACIONAL – A Política Nacional da Pessoa com Deficiência criada pelo Ministério da Saúde busca proteger a saúde e reabilitar a pessoa com deficiência. Os recursos para a política tiveram acréscimo de R$ 115 milhões em 2009, sendo que R$ 75,5 milhões já foram repassados aos municípios. Os 39,1 milhões restantes serão destinados a implantação dos serviços de reabilitação visual.

De 2002 a 2009, foram implantadas 53 unidades em reabilitação física, totalizando 156 existentes no país. Hoje o país já conta com 142 unidades de saúde auditiva, implantadas a partir de 2004. Essas unidades, que promovem a reabilitação e a aquisição de órteses e próteses para pessoas com deficiência física ou deficiência auditiva atendem entre 280 a 300 mil pessoas por ano.

A redução da fila de espera por órteses e próteses e a melhora na qualidade do atendimento a pessoas com deficiência é uma das metas do programa Mais Saúde do Ministério e da Agenda Social de Inclusão das Pessoas com Deficiência do Governo Federal. Lançada em 2007 (Decreto 6.215 de set/07), a Agenda tem o objetivo de promover maior cobertura das ações para os 14,5% da população que possuem algum tipo de deficiência.



Novos recursos ópticos a serem oferecidos no SUS

- Óculos com lentes esferoprismáticas: serve para aproximar a visão de objetos em uma distância mais próxima.
- Óculos com lentes asféricas positivas: serve para enxergar objetos de forma tanto mais próxima quanto mais distante.
- Lupa manual com ou sem iluminação: utilizada para leitura e ampliação de imagens.
- Lupa de apoio com ou sem iluminação: também é usada para leituras e para ter uma visão mais de perto. A diferença é que serve para pessoas que têm tremor ao segurar objetos e/ou dificuldades de sustentar um objeto com as mãos.
- Sistema Telescópico manual monocular com foco ajustável: é um mini telescópio monocular que serve para visualizar objetos a distância. É ajustável para ampliar a imagem para distâncias longas, intermediárias e curtas.
- Sistema Telescópico manual binocular com foco ajustável: utilizado para aproximar a visão. É montado para evitar a movimentação e fixar melhor a imagem.
- Óculos com lentes filtrantes: utilizadas para controle da iluminação, para diminuir o desconforto visual, diminuir o ofuscamento, aumentar o contraste e a resolução da imagem. Evita a fotofobia causada pela ausência de pigmentos de melanina como no caso das pessoas com albinismo.

Outras informações:
Ministério da Saúde
Assessoria de Imprensa
(61) 3315 3580
jornalismo@saude.gov.br


Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11086



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01/02/2010 , às 11h08

SUS OFERECE DUAS NOVAS VACINAS PARA SEIS MILHÕES DE CRIANÇAS


Duas novas vacinas serão incluídas no calendário básico de vacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira será oferecida a partir de março em todo o território nacional e protege contra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda será aplicada a partir de agosto e imuniza contra a doença meningocócica.

Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de dois anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança específico para os menores de um ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.

“As inclusões das vacinas são um grande avanço para a saúde pública brasileira. Os imunizantes vão proteger a população contra doenças de grande e vão contribuir para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério, Eduardo Hage.

DOENÇAS– Principal causa de meningite bacteriana no Brasil, a doença meningocócica pode se manifestar como uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meningite) ou como uma infecção generalizada (meningococcemia), que pode levar rapidamente à morte. Entre 2000 e 2008, o número de casos da doença caiu de 4.276 para 2.648, uma redução de 38% (veja quadro abaixo). No mesmo período, o número de mortes por essa enfermidade caiu 47%, de 777 para 412. Essa redução pode ser atribuída à menor circulação do meningococo do sorogrupo B, uma vez que, entre 2001 e 2009, os 20 surtos de doença meningocócica no país tiveram como responsável o meningococo C.

O pneumococo, por sua vez, é a segunda maior causa de meningites bacterianas (pneumocócicas) no Brasil. Entre 2000 e 2008, manteve-se a média anual de 1.250 casos de meningite pneumocócica e de 370 óbitos por ano (veja quadro abaixo). O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias. O número de internações no SUS por essa doença caiu de 950.162, em 2000, para 695.622, em 2008 – redução de 26,8%.

INVESTIMENTO –Para a aquisição das duas vacinas em 2010, o Ministério da Saúde investirá R$ 552 milhões. Desse total, R$ 400 milhões serão destinados para 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e R$ 152 milhões para 8 milhões de doses da meningocócica. As doses são suficientes para imunizar 6 milhões de crianças menores de dois anos de idade. O Ministério também vai comprar diretamente 13 milhões de seringas e agulhas, com investimento de R$ 1,4 milhão, para a aplicação da vacina pneumocócica.

Com o investimento, o Ministério alcança a meta do Programa Mais Saúde de introduzir duas novas imunizações no calendário básico, um ano antes da data prevista, 2011.

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, explica que as vacinas serão adquiridas diretamente de laboratórios nacionais. A pneumocócica será comprada do Laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), graças a um acordo de transferência de tecnologia assinado entre o Ministério e o laboratório inglês Glaxo Smith Kline (GSK) no ano passado.

Já um acordo de transferência de tecnologia firmado também em 2009 entre a Fundação Ezequiel Dias (Funed), o governo de Minas Gerais, e a companhia farmacêutica suíça Novartis permitirá a compra da vacina pneumocócica diretamente da Funed. “Isso demonstra a vontade do SUS de aprimorar as ferramentas de prevenção e tratamento a serviço da população. São vacinas modernas e é muito importante que os laboratórios nacionais dominem essa tecnologia”, avalia o secretário.

Além desses contratos de transferência de tecnologia, nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas três vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.

CALENDÁRIO BÁSICO – Com a introdução das vacinas, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças (veja quadro abaixo). Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quando eram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novas vacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.

Para se ter ideia, o investimento brasileiro em pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de vacinas aumentou mais de 1.216% em cinco anos. Em 2003, o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão em estudos na área. Esse número saltou para R$ 21 bilhões em 2008. São recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida de órgãos do governo de fomento à pesquisa – como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), UNESCO e fundações estaduais de apoio à pesquisa.

Novo Calendário Básico de Vacinação depois da inclusão da pneumocócica 10-valente e anti-meningococo C

1. BCG (contra tuberculose)

2. Vacina contra hepatite B

3. DTP (contra difteria, tétano e coqueluche)

4. DTP+Hib (contra difteria, tétano e coqueluche e infecções por Haemophilus influenzae tipo B )

5. DT (dupla adulto – contra difteria e tétano)

6. Vacina Hib (infecções por Haemophilus influenzae tipo B)

7. Vacina contra poliomielite

8. Vacina contra rotavírus

9. Vacina contra febre amarela

10. Tríplice viral (contra caxumba, rubéola e sarampo)

11. Vacina contra Influenza (gripe)

12. Vacina Pneumocócica (contra meningites bacterianas, pneumonias, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia)

13. Vacina anti-meningocócica (contra doença meningocócica)


ESQUEMA BÁSICO DE VACINAÇÃO

Pneumocócica 10-valente
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 3 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.

Meningocócica C
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 2 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.


Fonte: www.saude.gov.br




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28/01/2010 , às 17h05
VACINAÇÃO SERÁ FEITA EM ETAPAS


A primeira fase da vacinação contra a nova gripe vai ocorrer de 8 a 19 de março. Nessa fase, serão imunizados os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia e a população indígena. Entre os trabalhadores, estão médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica. A vacinação dos indígenas abrangerá a totalidade da população que vive em aldeias e será realizada em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A segunda etapa, entre 22 de março e 2 de abril, abrangerá grávidas em qualquer período de gestação, pessoas com problemas crônicos (exceto idosos, que serão chamados posteriormente) e crianças de seis meses a dois anos. Na lista, entram doenças do coração, pulmão, fígado, rins e sangue; diabéticos, pessoas com debilitação do sistema imunológico e obesos grau 3 - os antigos obesos mórbidos (veja lista completa abaixo). As gestantes começam a ser imunizadas nesse período e poderão tomar a vacina em qualquer outra etapa.

As crianças de 6 meses a 2 anos devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose.

Adultos de 20 a 29 anos são o público-alvo da terceira fase, que vai de 5 a 23 de abril. A quarta e última etapa, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha anual de vacinação contra a gripe comum. Nesse período, os idosos serão imunizados para a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão também a vacina contra a gripe pandêmica. A estratégia foi elaborada de forma que a população dessa faixa etária se dirija aos locais de vacinação apenas uma vez.

Estarão disponíveis 22,3 milhões de doses de vacina contra gripe comum para imunizar 19 milhões de idosos. Juntamente com os 62 milhões de pessoas que devem tomar a vacina contra a gripe pandêmica, a população imunizada para influenza no Brasil em 2010 chegará a 81 milhões de pessoas.

Se houver alterações na situação epidemiológica e disponibilidade da vacina, outros grupos poderão ser vacinados numa quinta etapa da estratégia de imunização.





DOENÇAS CRÔNICAS PARA VACINAÇÃO
Segunda etapa – De 22 de março a 2 de abril
• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351

Fonte:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=1450&CO_NOTICIA=11069




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ÁGUA QUE ATRAI MOSQUITO


Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontou uma relação direta entre a composição físico-química da água e a infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O trabalho foi realizado entre julho e agosto de 2009 em Potim, município do Vale do Paraíba onde foi constatado o maior Índice de Breteau (valor que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrada nas habitações humanas) no Estado de São Paulo.
Pesquisadores da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão da Secretaria responsável pelo auxílio aos municípios no trabalho de controle da dengue, ficaram intrigados pelo fato de que as ações de combate ao mosquito não estavam surtindo o efeito desejado e que a infestação permanecia alta, chegando a atingir 25,85 em 2003 e 19,2 na última medição feita pelo município. O índice recomendado é inferior a 1.
Além disso, foi detectado que as caixas d’água das residências de Potim, abastecidas pela prefeitura local por meio de coleta de água em poços profundos, que recebe cloração e fluoração, apresentavam altos índices de positividade em relação à presença de larvas do Aedes aegypti, enquanto nas moradias que usavam água de poços rasos ou cacimbas esse problema não existia.
Para desvendar o mistério, os pesquisadores realizaram um experimento em laboratório usando três gaiolas com 50 fêmeas e 100 machos do Aedes aegypti. Colocaram, em cada uma delas, recipientes com 100 ml de água coletada em Potim e em Taubaté, além de água destilada, utilizada como controle. Os recipientes foram mudados de local em sentido horário durante 31 dias e as soluções de água trocadas a cada 24 horas. Além disso, foram realizados exames semanais de análise físico-química das amostras de água coletada.
Os resultados apontaram que, durante o período de um mês, foram depositados pelo mosquito 3,6 vezes mais ovos nos recipientes com água de Potim do que na de Taubaté e 3,2 vezes mais em relação ao recipiente de controle. Enquanto a água de Potim apresentou índice de atividade de oviposição de 0,54, a de Taubaté registrou índice negativo de -0,03.
Na análise físico-química, a concentração de nitrogênio amoniacal da água de Potim ficou em 1,93 mg/l (o máximo permitido em portaria do Ministério da Saúde é 1,5 mg/l), enquanto a de Taubaté foi inferior a 0,03 mg/l.
“O estudo indicou que a alta concentração de nitrogênio amoniacal atraiu o Aedes aegypti para a oviposição. A volatilização dessa substância provavelmente foi o atrativo químico responsável pela orientação do voo das fêmeas grávidas em direção aos recipientes onde colocaram seus ovos”, disse Gisela Rita Alvarenga Marques, Bióloga pesquisadora da Sucen responsável pelo estudo.
Segundo ela, o resultado da pesquisa aponta a necessidade de os municípios com captação de água de poços profundos mudarem a forma de abastecimento por intermédio da implantação de estações de tratamento de água de superfície, visando a oferecer água de melhor qualidade para a população e reduzindo os riscos de proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Mais informações: www.saude.sp.gov.br

Fonte: http://www.cfbio.gov.br/noticias.php?id=93


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PLANTAS CONTRA TUBERCULOSE


6/1/2010
Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP – A tuberculose figura no rol das chamadas doenças negligenciadas, ainda que um terço da população mundial esteja infectada pelo bacilo de Koch, seu agente causador, e que a doença mate quase 2 milhões de pessoas anualmente.
Após mais de 50 anos sem o surgimento de novas drogas contra a tuberculose, uma substância extraída do óleo da copaíba (Copaifera sp), planta originária da Amazônia, poderá vir a ser a base de um fitomedicamento a ser usado no tratamento da doença.
O princípio ativo, identificado e isolado, mostrou ser eficaz e apresentou atividade antibacteriana em testes in vitro – feitos em macrófagos (células que fagocitam elementos estranhos ao corpo) infectados – e in vivo, em camundongos.
O estudo, conduzido pela equipe de Maria das Graças Henriques, do Laboratório de Farmacologia Aplicada do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz, encontra-se na etapa chamada de toxicologia aguda. O trabalho é feito em parceria com pesquisadores do Departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.
Reconhecida como planta medicinal, a copaíba começou a ser pesquisada por sua ação anti-inflamatória. “Isolamos um dos princípios presentes e vimos que ele tinha atividade contra a tuberculose. Fizemos isso por curiosidade, uma vez que estávamos pensando no processo inflamatório da tuberculose”, contou a pesquisadora.
A partir daí, o grupo passou a investigar se a substância mataria a bactéria causadora da doença. “Vimos que sim”, contou Maria das Graças. Para chegar a esse resultado, os pesquisadores administraram doses por via oral da substância em camundongos e coletaram o material do pulmão dos animais para então fazer um teste bacteriológico.
A equipe pretende, até o fim de 2010, finalizar o dossiê pré-clinico e, então, pedir autorização para começar os testes em humanos, divididos em fase 1 (em torno de 20 voluntários sadios), fase 2 (pacientes geralmente adultos jovens) e fase 3 (testes em centros médicos).
O problema é a resistência existente em relação a fitoterápicos no tratamento da tuberculose. “Tem de haver um controle rígido da matéria-prima. Pode haver mudança na quantidade de matéria-prima presente em cada planta. Muitas vezes, a quantidade da substância que encontramos em uma planta de uma determinada região não é a mesma que encontramos em outra região. As condições climáticas e do ambiente influem e por isso nem se pensa em fitoterápicos para tratamento da tuberculose”, explicou a pesquisadora.
Ela lembra que medicamentos para a tuberculose têm que ser baratos, já que a doença atinge principalmente a população de baixa renda. No Brasil, o controle é feito pelo governo federal, que distribui medicamentos gratuitamente pela rede pública.
A saída para driblar os obstáculos e tornar o medicamento economicamente viável seria encontrar uma maneira de isolar a substância ativa ou de sintetizá-la. “Fitomedicamentos são usados para o câncer, por exemplo, mas são caros. Para a tuberculose, a situação tem que ser diferente, mesmo porque até os testes clínicos são mais difíceis de serem feitos no caso dessa doença, já que temos que rastrear o paciente por meses”, disse Maria das Graças.
“Financiar a parte clínica exige alto investimento, infraestrutura e grande conhecimento técnico”, ressaltou. Por estar um pouco mais adiantada em termos de viabilidade, uma outra substância vem sendo pesquisada por sua equipe, também visando ao tratamento da tuberculose: a chalmugra.
Utilizada na primeira metade do século 20 contra a hanseníase – doença provocada por bactérias da mesma família do bacilo de Koch – a chalmugra, planta da Mata Atlântica, apresentou atividade antibacteriana promissora nos testes realizados.
“Começamos a trabalhar com a chalmugra (Carpotroche brasiliensis) em um resgate histórico e confirmamos sua ação antibacteriana”, disse a bióloga Fátima Vergara, integrante da equipe responsável pelos estudos

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11585/especiais/plantas-contra-tuberculose.htm

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